Todas nós mulheres, empreendedoras ou não, já tentamos nos autossabotar em algum momento da nossa vida. Muitas oportunidades incríveis surgem e muitas vezes não nos sentimos boas o bastante para lidar com elas.
Sabe quando você, do nada, se pergunta: “Meu Deus, acho que eu não estou preparada para isso?”, e fica com aquela sensação de que em algum momento alguém vai perceber que talvez você não seja tudo isso?
Ou ao contrário, fazemos coisas incríveis, mas ficamos na defensiva, dando os créditos dos nossos feitos à sorte, ou ajuda de terceiros. Mas dificilmente validamos a nossa capacidade.
Aquele momento em que pensamos: “Pra mim foi mais fácil, pois eu tive ajuda de tal pessoa ou tive a sorte de encontrar alguém no caminho que me indicasse”, esquecendo que apesar da indicação você se dedicou para chegar onde está.
Sabe o que é isso? A síndrome da impostora.
Sim coisa linda, você não está sozinha quando esse sentimento de inferioridade desperta. Infelizmente, ele é mais comum do que você imagina!
Vamos entender melhor o que é a síndrome da impostora?
A síndrome do impostor também é conhecida como pessimismo defensivo. Essa desordem psicológica é mais comum entre as mulheres, devido a desigualdade social que enfrentamos no dia a dia.
Ela pode afetar pessoas de diversas áreas de atuação e classes sociais. Os seus sintomas trazem à tona a insegurança, complexo de inferioridade, baixa autoestima, ansiedade e perfeccionismo, que são transtornos comuns também à depressão.
Embora possa surgir em qualquer momento de nossas vidas, a síndrome da impostora aflora principalmente quando iremos passar por algum tipo de julgamento por nossos desempenhos, ou iniciar um novo trabalho ou projeto.
Devido a todo o sentimento pessimista que esse transtorno nos causa, sem perceber adotamos alguns mecanismos de defesa que provocam comportamentos muito comuns. Veja só:
1- Esforço exagerado
Por se sentirem inferiores, as pessoas com síndrome do impostor acreditam que devem se esforçar mais em suas tarefas, porque elas não sabem o suficiente para executá-las. Além disso, são perfeccionistas, para que seu trabalho fique impecável e livre de possíveis julgamentos.
2- Autossabotagem
Uma pessoa que se considera impostora não se sente merecedora do que conquistou. Ela sempre acha que alguém melhor pode surgir e apontar os seus erros. Então, muitas vezes ela se autossabota, e isso pode fazê-la reduzir seus esforços ou até mesmo nem tentar, com medo do fracasso, que na cabeça dela, é inevitável.
3- Procrastinação
Quem tem síndrome da impostora, geralmente, adia compromissos e conversas importantes, com medo de ser criticada. Nesse tempo em que ela procrastina as tarefas, ela lida com a ansiedade do que pode acontecer e com a demasiada cobrança de entregar/ apresentar algo impecável.
4- Comparação com os outros
Esta síndrome também provoca o sentimento de inferioridade, fazendo com que a pessoa o tempo todo se compare com outras e fique angustiada, por não se sentir boa o suficiente.
5- Medo de exposição
Também é muito comum que as pessoas que se sentem impostoras evitem serem expostas. Isso por medo de receberem críticas e julgamentos. Elas preferem posições mais discretas, e quando recebem elogios e reconhecimento, tendem a desacreditar nas pessoas que os fizeram.
Pois é coisas lindas, como vimos, a síndrome de impostora é muito comum e mais séria do que um simples medo de encarar algo novo, não é verdade?
E esses sentimentos negativos podem evoluir para condições mais graves e gerar quadros sérios de ansiedade e depressão.
Por isso sempre se observe e perceba o quanto isso é momentâneo, ou o quanto está persistente e necessita de uma avaliação profissional. Sessões de terapia são excelentes para aprendermos a lidar com nossos medos, inseguranças e driblar todo esse comportamento impostor.
Quando esses sentimentos pessimistas aparecem, lembra-se de respirar fundo. Imagine que o seu “eu impostor” é uma amiga sua que está insegura de si. O que você diria a ela? Esse exercício pode te ajudar a enxergar o quão dura está sendo com você mesma.
Você também pode criar o hábito de rever projetos passados e os seus resultados, para se inspirar e se sentir mais confiante de que você é capaz de conseguir ir sempre mais além.
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